Análise do Honda CR-V 1.5: Ensaio

A quinta geração do automóvel Honda CR-V presenteia-nos com um SUV prático e confortável, com 4 cilindros turbo de 1,5 litros a gasolina. Este carro é o primeiro da gama Honda SUV, na Europa, que vem com tecnologia híbrida. A verdade é que o mercado automóvel está a alterar-se, a tornar-se mais “verde”, e a marca japonesa não quer ficar atrás nesta corrida.

Venha connosco neste ensaio Honda.Com um consumo económico – abaixo dos 7 litros aos 100 km –, algo bastante raro num motor a gasolina de 173 cv, apesar de que, caso o condutor esteja com pressa, a potência está lá à sua disposição – só são necessários 30 segundos para alcançar o primeiro quilómetro.

Um veículo robusto

Trata-se de um modelo fortalecido e com um design refrescado, para que a marca japonesa Honda possa alcançar a liderança no mercado competitivo dos SUV compactos. O Honda CR-V segue a tradição geral da empresa no fabrico dos carros, se bem que esta quinta geração destoe um pouco do geral da Honda, isto no que diz respeito às linhas gerais mais objetivas e às dimensões ainda maiores – entre os eixos, por exemplo, a fabricante asiática aumentou 41 milímetros.

Um chassis digno da Honda

No que concerne ao espaço interior do veículo, temos um novo ecrã de sete polegadas, já equipado com o sistema de infoentretenimento de última geração da Honda. Referimos também a mais elevada qualidade de construção, no que diz respeito aos materiais, e igualmente em termos ergonómicos, dado que os passageiros que seguem nos bancos traseiros têm mais espaço para as pernas – aumentou mais 53 milímetros. O espaço da mala também aumentou para os 1104 litros.

Motores

Falando agora do motores, a Honda teve a iniciativa de lançar pela primeira vez, na linha CR-V, o mesmo motor turbo a gasolina de 1.5 litros do Honda Civic, que é capaz de fornecer 190 cv de potência. Quanto ao bloco atmosférico de 2.4 litros com quatro cilindros, está de volta com 184 cv e 244 Nm. Ambos os motores possuem transmissão automática e a celebrada tecnologia Honda G-Shift, sendo que o comprador pode escolher apenas a tração dianteira ou a integral.

No interior do automóvel

O banco do condutor, em tecido, é extremamente confortável, e apresenta uma colocação ótima no que respeita à visibilidade exterior e ao alcance para o painel de comando do veículo. Existe também um alçapão espaçoso sob o apoio central para o braço.

A decoração interior deixa um pouco a desejar, principalmente por causa do acabamento que tenta ter um aspecto de madeira real, de forma um pouco desastrosa, e o aspecto dos plásticos, que dentro do carro parecem muito pobres quando comparados com o chassis robusto e bem montado. No entanto, a condução é suave e sem grandes vibrações, com poucos ruídos provenientes da suspensão, e com um bom amortecimento.

Condução e segurança

A navegabilidade é muito boa, com todos os equipamentos electrónicos a ajudar o condutor no que respeita à condução e segurança, prevenindo ao máximo os acidentes. O Honda CR-V 1.5 possui, sem dúvida, um sistema de navegação excelente.

O painel de instrumentos foi especialmente desenhado para informar o condutor sobre o que realmente importa. Com um ecrã de 7 polegadas bem colocado, são nele transmitidas informações importantes sobre o fluxo de energia, combinando o velocímetro numérico com os dados do sistema híbrido.

Apesar de não haver caixa de velocidades, a condução é suave precisamente graças à transmissão com apenas uma velocidade, e a tração pode ser dianteira ou 4×4. O CR-V está equipado com um sistema multidisco que conecta as rodas traseiras, devido a um diferencial no eixo posterior em situações de condução em pavimentos difíceis, no que diz respeito à aderência dos pneus ao solo.

Devido a estas estas tecnologias da Honda, a segurança do condutor e passageiros é salvaguardada, oferecendo um risco mínimo de acidentes mesmo em pavimentos enlameados, em dias de chuva intensa, na neve ou em estradas com acúmulo de gelo.

Tecnologia i-MMD

A tecnologia i-MMD, desenvolvida pela marca japonesa, muda de forma automática e inteligente entre três distintos modos de condução para oferecer ao condutor a maior eficiência possível.

As diferentes opções são o EV Drive, que vai buscar energia unicamente à bateria de iões de lítio para alimentar o motor de propulsão elétrica; Hybrid Drive, onde o motor a gasolina alimenta igualmente o segundo motor que suplementa a energia elétrica da bateria; e o modo Engine Drive, que se trata de um mecanismo de travagem e embraiagem que cria uma conexão direta e única entre o motor a gasolina e as rodas.

Veredito: Honda CR-V 1.5

Um número significativo de mudanças melhorou o Honda CR-V e a sua amplitude de habilidade. O veículo oferece uma experiência de direção mais nítida, maior espaço para os passageiros e melhor qualidade interior, que foram adicionados aos já impressionantes níveis de praticidade e confiabilidade do último carro. Só a decoração não assenta muito bem no aspecto geral do automóvel.

O compromisso da Honda com motorizações híbridas significa que não há diesel e apenas esta versão oferece um consumo de combustível aceitável. Menos de 7 litros de consumo por cada 100 km é um grande ponto a favor do CR-V.

É uma verdade: a falta de uma opção a diesel afastará alguns compradores, assim como o aumento de preço, dado que a Honda pretende que o CR-V se destaque num mercado mais luxuoso. No entanto, tomando em consideração o pacote completo, este é um carro impressionante e altamente capaz. É perfeitamente adequado para os deveres familiares e é altamente provável que seja satisfatório para quem frequentemente o utilize só para si próprio.

A distância entre os eixos do CR-V foi aumentada em relação ao último modelo, o que resulta num maior espaço interior a ponto de agora poder facilmente receber sete assentos em vez de cinco. A fila extra de assentos é apertada e só é adequada para crianças, mas esses bancos extras ainda dão a este automóvel uma vantagem sobre alguns concorrentes que oferecem carros parecidos com apenas cinco lugares.

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