Análise do Halo Infinite (PC) — o lendário retorno do Master Chief que todos queriam

A jornada de uma das mais icónicas e revolucionadoras franquias de sempre começou há 20 anos atrás com o lançamento do Halo: Combat Evolved, juntamente com a primeira consola Xbox. Ao encargo da famosa Bungie, e agora da 343 Industries, Halo foi uma franquia revolucionária para o mundo do gaming, sendo a base de muitos multiplayers populares que conhecemos hoje e adoramos.

Halo também marcou a chegada de uma das mais épicas e lendárias personagens presentes no mundo do gaming, o famoso Master Chief. Este foi também uma referência para personagens que adoramos hoje e, tal como o Halo: Combat Evolved marcou a sua chegada ao gaming, o novo Halo Infinite marca o seu lendário retorno, já muito aguardado à cinco anos.

Nesta análise irá ser avaliada a versão de PC do título, que foi jogada num com uma Nvidia GeForce RTX 3070 acompanhado por um i7-11700K e ainda 32GB de memória RAM DDR4 onde iremos classificar entre 0 e 10 valores vários aspetos importantes a considerar do título, sendo estes a narrativa, a jogabilidade, a ambientação, e a qualidade gráfica e desempenho, dando no final o veredito, que tem por base os aspetos já referidos.

Narrativa — a mais épica e nostálgica de sempre

O aspeto mais importante a avaliar neste novo Halo é, sem dúvida, a sua narrativa pois, como sabemos, é esse o foco da análise. Esta franquia sempre foi conhecida e adorada pela sua incrível e única narrativa mas, a 343 Industries não conseguiu oferecer a mesma qualidade da Bungie com os Halo 4 e Halo 5: Guardians mas, no que toca ao Halo Infinite, o caso é outro.

A narrativa do Halo Infinite dá continuidade aos eventos do Halo 5: Guardians e passa-se alguns momentos após a conclusão da mesma. Nesta, um grupo conhecido como os Banished, controlado por Atriox, invadem e destroem por completo todas as bases e forças da UNSC, incluindo o próprio Master Chief, deixando a humanidade sem um salvador.

Seis meses após estes eventos, um piloto da UNSC, um dos poucos sobreviventes ao ataque, encontra Master Chief imobilizado no vácuo frio do espaço e, graças ao equipamento que tem na sua nave, o piloto consegue salvar a sua vida e cabe agora ao nosso Master Chief salvar a humanidade mais uma vez.

Esta nova narrativa é tudo aquilo que os jogadores e fãs da franquia queriam à muito tempo. Após o fracasso da anterior, muito pelo facto de ser focada em inúmeras personagens, a narrativa do novo Halo Infinite é maioritariamente focada no Master Chief, sendo por isso esta narrativa muito mais humana, o que a torna muito mais épica e cativante, assim como muito nostálgica.

Ao mesmo tempo, da maneira como toda esta nos é apresentada e a maneira clássica e tradicional de como o Master Chief age, e também graças às jogabilidade e ambientação, que já vamos ver mais à frente, é como se estivéssemos a jogar os clássicos títulos desta franquia, o que faz desta narrativa a mais nostálgica da franquia, assim como uma das melhores.

Desta forma, resta-me apenas concluir que a narrativa do novo Halo Infinite é, sem sombra de dúvidas, uma das mais épicas e a mais nostálgica da franquia, por ser uma narrativa clássica focada maioritariamente no Master Chief, mas acima de tudo, por ser aquilo que todos os fãs pretendiam para o futuro da série — algo que foi conseguido com este novo título.

Jogabilidade — faz-me voltar atrás no tempo ao Halo: Combat Evolved

Apesar de ser um título totalmente novo, Halo Infinite é, como se pode perceber, a evolução lógica dos anteriores títulos da franquia e está muito fiel e próxima à presente no Halo: Combat Evolved. Tal como neste último título e em toda a franquia, todo o jogo se desenrola maioritariamente na na 1ª pessoa, tendo alguns momentos em 3ª pessoa, e vai dar a muitos uma sensação de nostalgia, mesmo para quem nunca jogou um Halo até agora.

Durante grande parte do título, os jogadores passarão a maior parte do seu tempo a combater inimigos e a explorar as vastas áreas que os rodeiam, seja para encontrar segredos, novas skins para o multiplayer ou simplesmente para apreciar as incríveis paisagens do Ring.

A jogabilidade do Halo Infinite é bastante complexa, especialmente no que toca ao combate, mas, apesar disso, esta não é muito complicada de perceber ou utilizar, quer seja de teclado e rato ou de comando. A experiência é muito semelhante aos restantes cinco títulos da franquia e, a jogabilidade deste novo jogo é bastante excecional pois é a mais próxima da original jogabilidade do primeiro Halo, o Halo: Combat Evolved.

Pela primeira vez em anos, a 343 Industries conseguiu recriar muito bem a jogabilidade dos Halos originais produzidos pela Bungie, o que nos dá toda uma sensação de nostalgia e torna todo o título ainda melhor. Além disso, a clássica jogabilidade foi agora melhorada com melhores capturas de animações e a plataformas mais poderosas, como a Xbox Series X, o que é fantástico.

Em termos das animações e movimentações normais, como andar, correr, apanhar objetos ou items e ainda executar outras animações como interagir com objetos espalhados pelo mapa, tenho a dizer que toda esta parte da jogabilidade está muito bem concebida, não havendo quaisquer problemas com a mesma. Não notei quaisquer tipo de problemas durante a minha experiência com o título, o que é fantástico.

Para além disto, adorei o facto de as cutscenes em primeira pessoa serem jogáveis, na medida em que podemos controlar a visão de Master Chief, o que faz com que cada jogador se sinta mais na pele do lendário Spartan e se conecte mais ao título e, como é óbvio, à narrativa do mesmo.

As múltiplas batalhas que se desenrolam ao longo do título variam bastante, o que obriga os jogadores a mudar de estratégia ao longo do tempo, o que não torna a jogabilidade repetitiva. Ao mesmo tempo, ter novas adições como o grappler tornam a jogabilidade mais dinâmica e fluída, ao mesmo tempo que facilita os jogadores em momentos difíceis.

Em termos de problemas ou bugs em relação a este tópico, não deparei-me com nada fora do normal, o que revela que a 343 Industries realmente se empenhou em fazer do novo Halo Infinite um excelente exclusivo Xbox e o melhor título da franquia.

Para concluir esta secção, pode-se dizer que a jogabilidade do Halo Infinite é de facto muito impressionante para o título, fazendo qualquer um voltar 20 anos atrás no tempo ao lançamento do primeiro Halo, o que me leva a atribuir a pontuação máxima relativa a este componente tão importante para a experiência de jogo.

Ambientação — a mais deslumbrante e impressionante da franquia

Um dos aspetos que mais me impressionou neste mais recente título da franquia Halo foi a ambientação do próprio, pela sua dinâmica e grande diversidade que tem e ainda pelo gigante Ring que a 343 Industries oferece aos jogadores do título que é simplesmente de cortar a respiração.

Durante o título vamos explorar e lutar por toda uma localização com imensa vida e cheia de possibilidades que apresenta imensa vegetação, bases inimigas e ainda grandes construções e monumentos, uns à superfície e outros subterrâneos, podendo já dizer que todos estes são fenomenais e de cortar a respiração.

Para uma ambientação de um título de Halo, esta não varia muito porque todo o jogo se passa na mesma localização mas, apesar disso, todos os cenários estão muito bem concebidos e variam bastante entre sim, o que faz com que esta ambientação se sinta como a de um grande mundo aberto.

Falando em mundo aberto, o Ring presente no novo Halo Infinite é apenas um terço do tamanho original mas, mesmo assim, este é enorme e apresenta uma vasta área por onde os jogadores podem andar na pele do nosso adorado Master Chief enquanto este acaba a sua missão.

Em termos de interação, todos os cenários são bastante interativos, o que torna os confrontos mais dinâmicos e não tão repetitivos, o que é fantástico. Em termos de elementos naturais, não estão no jogo qualquer tipo de chuvas ou tempestades, simplesmente podemos ver fogo e, a interação deste com o meio onde está inserido é muito realista.

Desta forma, resta-me concluir esta secção da analise do novo Halo Infinite entregando uma pontuação relativamente alta em relação ao que ambientação do novo Halo diz respeito que, apesar de ser apenas um terço do plano original, está muito bem concretizada e idealizada, sendo por isso uma das mais deslumbrantes e impressionantes da série.

Qualidade gráfica e desempenho — no ponto!

Antes de passar para o veredito, é ainda necessário falar acerca da qualidade gráfica e do desempenho do novo Halo Infinite. Antes, estes não eram pontos muito fortes numa análise mas, como hoje existem variados tipos e configurações de computadores, este ponto é muito importante para os consumidores do mundo do gaming e, por isso, vamos aqui analisar a qualidade gráfica e do desempenho do novo título da Xbox.

Começando pelo desempenho, para o meu PC que contém uma Nvidia Geforce RTX 3070, da MSI, com 8 GB de VRAM DDR6; um i7-11700K, da Intel, com 8 núcleos e uma frequência turbo de 5.0GHz; e ainda 32 GB de memória RAM DDR4, da G.SKILL; o desempenho no mesmo foi bastante positivo, não tendo tido quaisquer quedas ou grandes perdas de performance durante a minha gameplay.

Analisando isto melhor, o Halo Infinite rodou sempre com os gráficos no HIGH e, nesta qualidade, o jogo usou muita memória da minha RTX 3070, tendo uma performance acima dos 60 fps e conseguindo aproveitar os 240Hz que o meu monitor tem para oferecer, o que é fantástico, não mostrando má otimização. Se coloca-se os gráficos no ULTRA, a memória consumida já era quase a total da minha gráfica mas, mesmo assim, durante o tempo em que tive a usar essa definição, não tive quaisquer problemas, o que é fantástico.

Passando agora para a qualidade gráfica, tenho a dizer que, tanto no HIGH como no ULTRA, esta é simplesmente impressionante e magnífica, tendo elevado o incrível mundo do Halo Infinite a um outro nível de beleza simplesmente deslumbrante. Esta não foi exatamente aquilo que eu esperava, muito pelo facto do desastre de 2020, mas acabou por me surpreender pela positiva.

Juntamente com a magnífica e impressionante ambientação que já vimos mais acima, a qualidade gráfica fica ainda mais bonita e extraordinária. Todos os cenários e elementos dos mesmo não apresentaram quaisquer faltas de renderização durante a minha gameplay, tenha esta tido muitos ou poucos elementos no meu campo de visão, o que também revela que o novo Halo Infinite está muito bem polido neste aspeto.

Relativamente à qualidade gráfica nas cutscenes do título, posso dizer que esta manteve-se exatamente igual à já referida nos parágrafos acima, não tendo visto nada por renderizar e, isto é algo bastante positivo para o novo Halo Infinite e que mostra o empenho da 343 Industries neste título e que me leva a atribuir uma pontuação muito próxima do máximo que se podia esperar deste estúdio.

Veredito — o lendário retorno do Master Chief que todos queriam

Após uma longa espera de cinco anos e um anúncio que desapontou muitos na E3 2020, Halo Infinite é um dos melhores jogos lançadas este ano e definitivamente o melhor título de toda a franquia Halo, assim como o melhor já produzido pela 343 Industries, sendo também um dos maiores e melhores lançamentos da Xbox que mostra o verdadeiro poder da marca americana e das suas novas consolas Xbox Series X | S, tendo a decisão de adiar o título um ano a melhor do estúdio.

Este jogo fez-me ficar colado ao meu monitor até ao fim desta maravilhosa campanha, tendo adorado cada momento deste brutal, lindo e épico título de mundo aberto que não desaponta ninguém e que merece toda a comunidade alargada de fãs e a enorme popularidade e sucesso que tem tido. É o verdadeiro regresso do lendário Master Chief à série Halo!

Antes de dar a minha pontuação final, gostaria de agradecer à representação da Xbox em Portugal pela oportunidade de puder jogar e analisar este fantástico título, do mesmo modo que congratular a 343 Industries e a Xbox por este título bem conseguido e que foi um dos melhores jogos que já fizeram até aos dias de hoje na série. Resta-me apenas recomendá-lo, sobretudo, depois de cinco anos a aguardar e depois de terem enfrentado diversos problemas durante o desenvolvimento, não desiludiu nem um único momento e, para quem ainda não o comprou, digo já que não se vão arrepender de o fazer.

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