Análise de God of War Ragnarök (PS5) — uma aventura de cortar a respiração

Foi em 2018 que a gigante japonesa PlayStation lançou exclusivamente para a PlayStation 4 um novo capítulo da vida de Kratos, o famoso deus da guerra da PlayStation. God of War foi um dos melhores e mais bem  sucedidos títulos PS4 de sempre e, após uma longa espera de 4 anos, o novo God of War Ragnarök chega às PS4 e PS5 para repetir o sucesso.

Após ter deixado a mitologia grega para traz em God of War 3, Kratos parte agora para mitologia nórdica para enfrentar Thor numa épica guerra e resolver o passado de uma vez por todas, acompanhado pelo seu filho Atreus, agora mais velho, experiente e proto para a ação que os aguardam.

Nesta análise irá ser avaliada a versão PlayStation 5 do título, que foi jogada numa PlayStation 5 Standard, onde iremos classificar entre 0 e 10 valores vários aspetos importantes a considerar do título, sendo estes a narrativa, a jogabilidade, a ambientação e a qualidade gráfica e desempenho, dando no final o veredito, que tem por base os aspetos já referidos. De maneira a não dar spoiler da narrativa não iremos ter um ponto da análise focado nas personagens, sendo estas referidas na narrativa muito superficialmente.

Narrativa —  numa palavra, perfeita

A narrativa de God of War Ragnarök vai mais além do que a do título de 2018. Esta começa onde a do título anterior acabou, mostrando-nos um Kratos e Atreus com uma relação de pai e filho mais forte, apesar de Atreus estar a entrar na adolescência. Estes têm agora de iniciar uma nova jornada contra Thor, que quer vingança pela morte do seu irmão.

Esta nova jornada que aguarda os nossos protagonistas vai levar os jogadores a mundos e aventuras de cortar a respiração, assim como reforçar a relação de Kratos com o filho que procura a aprovação e confiança do pai por estar a entrar quase na fase adulta. As relações que as personagens apresentam no título são agora mais maduras, o que faz sentir a passagem do tempo de um título para o outro, assim como torna a sua história mais real.

Ao mesmo tempo, os jogadores vão rever muitas personagens passadas e, uma das coisas que a Santa Monica Studio faz muito bem é não deixar nenhuma personagem para traz. Todas as personagens secundárias não são esquecidas, sendo que as próprias são bastante exploradas e aprofundadas, não ficando no background da narrativa.

Da mesma forma, vamos também conhecer personagens novas que vêm enriquecer a narrativa, que se desenvolve de uma forma bem passada entre cada acontecimento, não apressando o final do título, um pormenor muito bem feito pela Santa Monica Studio.

O Kratos que conhecíamos continua o mesmo bruto de sempre mas, ao mesmo tempo, está a abrir o seu coração. Este está a abrir-se para as pessoas que mais lhe interessam de maneiras muito comoventes consoante a narrativa, o que ainda torna a narrativa mais emocionante e real, pela forma como tudo se desenvolve.

Assim, a narrativa de God of War Ragnarök é simplesmente perfeita, não falando mais acerca desta para não dar spoilers da prórpia e das próprias personagens, sendo uma das melhores que o mundo do gaming já recebeu até hoje.

Jogabilidade — a mais impressionante da franquia

As jogabilidades e combate de God of War foi sempre um dos pilares da franquia e uma das razões pela qual esta se tem mantido viva ao longo dos anos, sendo a nova jogabilidade introduzida em 2018 a melhor da franquia, recebendo agora múltiplas novidades no novo título.

Neste título, tal como no anterior, os jogadores têm à sua disposição um arsenal poderoso, digno de um deus, assim como um conjunto de habilidades para melhor enfrentar os perigos que esta nova jornada nos esconde.

Focando agora na jogabilidade em geral, todos os movimentos básicos como andar, correr, saltar e interagir com objetos estão muito bem concebidas, tal como em 2018, e agora estão muito mais dinâmicas e reais, devido ao poder de processamento que a PlayStation5 apresenta.

Ao mesmo tempo, a Santa Monica Studio acrescentou novidades a esta belíssima e muito rica jogabilidade que torna a experiencia de God of War Ragnarök ainda melhor. Agora é possível usar as lâminas de Kratos como um grapler para viajar maiores distâncias em segundos, tornando toda a jogabilidade mais dinâmica e rápida.

Retornando ao combate, este, que sempre foi conhecido por ser caótico e brutal, está agora ainda melhor. Assim como os novos e perigosos inimigos foram introduzidos, também as habilidades e combate de Kratos foram elevadas para uma experiência mais brutal e devastadora.

Todo o combate é bastante rápido, não dando descanso a ninguém. O machado de Kratos continua similar ao que todos se lembram, continuando a manter um equilíbrio ente ataques rápidos e pesados. Em relação às laminas, estas sentem-se diferentes, estando agora mais próximas às dos títulos originais, sendo por isso mais nostálgicas.

As brutas finalizações a que os fãs da franquia estão habituados mantêm se presentes neste título, estando agora mais realistas e graficamente mais intensas e implacáveis. Habilidades rúnicas e habilidades especiais também retornam e, apesar de não haver tanta variedade como em 2018, as que estão presentes no título continuam a ser destrutivas.

Os cenários, que vamos explorar a seguir, estão agora maiores e mais dinâmicos, permitindo batalhas de maior escala que, juntadas com o novo combate a jogabilidade melhorada, ficam ainda mais épicos e muito ao estilo desta adorada franquia.

Desta forma, a nova jogabilidade de God of War Ragnarök é simplesmente impressionante e a mais complexa da franquia, elevando-a a um novo nível que vai ser difícil de bater por títulos do género, recebendo esta atribuição quantitativa, como as restantes categorias deste fantástico exclusivo PlayStation.

Ambientação — surreal e magnífica

A ambientação é, nos dias de hoje, um dos aspetos mais importantes para qualquer título, especialmente para os AAA e, como tal, temos de ver se o mundo de God of War Ragnarök cumpre as expectativas e se está de acordo com o tipo de título que estamos a jogar e a narrativa e mecânicas que este apresenta.

Os reinos da mitologia nórdica presentes neste novo jogo são simplesmente de cortar a respiração. Estes são enormes, apresentando uma rica fauna e flora, assim como alguns dos cenários mais magníficos e visualmente bonitos que já vi até hoje, querendo vivê-los até ao limite.

Cada um dos lugares que os jogadores visitam parecem únicos e completamente diferentes dos anteriores por onde já passaram e, ver como a Santa Monica Studio interpretou e deu vida à mitologia nórdica dá ainda mais prazer de jogar este título, tanto aos cenários como às diferentes e variadas criaturas que lhes dão vida.

Ao mesmo tempo, inúmeras localizações e cenários têm inúmeras mecânicas para os jogadores resolverem inúmeros puzzels que estão espalhados pelo título, algo que enriquece ainda mais os cenários pois, não são apenas decoração por podermos interagir com os próprios.

As mecânicas, puzzels e habilidades que Kratos tem ao seu dispor mudam de reino para reino, o que confere um carácter único a cada um pois a jogabilidade do título vai variando de reino para reino, o que faz com que a própria jogabilidade do título não seja ou se torne repetitiva.

Desta forma, resta-me dizer que a ambientação de God of War Ragnarök é simplesmente surreal e magnífica, sendo uma das melhores e mais vivas realidades que já visitei num videojogo.

Qualidade gráfica e desempenho — o melhor que a PS5 tem para oferece

God of War Ragnarök tem sido, até agora, um dos melhores títulos que a PlayStation já lançou até hoje e, sem dúvida, o melhor da franquia, mas falta ainda ver as qualidade gráfica e desempenho deste glorioso título, vendo como este se comporta na PS5 e dar também uma vista de olhos à PS4.

Como vimos acima, o mundo de God of War Ragnarök é extremamente rico e impressionante, sendo um dos melhores mundos que um jogo nos ofereceu até aos dias de hoje. Este é bastante vasto e, com o tal, a performance do título a carregar a este pode não ser a melhor mas, neste caso, a história é outra.

Na PlayStation 5 temos dois modos de resolução, “Favour Resolution”, que permite jogar a 4K@30fps, e “Favour Performance”, que permite jogar a 4K@60fps. Ambos os modos matêm uma perfomance bastante estável do título, sendo a diferença a qualidade de resolução que é maior no “Favour Resolution”.

No modo “Favour Performance”, apesar de uma diferença, não muito acentuada na qualidade do 4K, a PlayStation 5 consegue manter uns estáveis 60fps, não mostrando quaisquer quedas ou perdas dos mesmo, o que é fantástico para um título desta dimensão.

Em termos de objetos ou elementos por renderizar, a minha PlayStation 5 não apresentou nada disso em ambos os modos e, referindo a PlayStation 4, esta consegue oferecer uns fantásticos 30fps sem problemas, apesar do elevado barulho que produz, o que é fantástico e mostra a excelente otimização do título para ambas as plataformas.

Assim, resta-me dizer que, tal como nos parâmetros acima, o novo God of War Ragnarök alcança praticamente a pontuação máxima, não desiludindo, sendo por isso um dos melhores títulos PlayStation de sempre, sobretudo em matéria de otimização para uma plataforma como a PlayStation 5.

Veredito — uma aventura de cortar a respiração

Quatro anos após a obra de arte que foi God of War, a Santa Monica Studio volta a trazer-nos, em conjunto com a PlayStation, outro título simplesmente fantástico e que nem eu nem ninguém estava à espera. O novo God of War Ragnarök é uma fantástica aventura onde o único problema da mesma é, como tudo o que é bom, chegar ao fim, deixando-nos desejosos para o futuro desta adorada e aclamada franquia que é God of War.

Eu fiquei simplesmente sem palavras para o que este jogo se revelou ser, estando a adorar todo o tempo dentro do mesmo, a destruir tudo e todos por onde passo e a criar boas memórias de pai e filho, mesmo que a maioria delas sejam a chacinar todo o tipo de mauzões.

Desta forma, gostava de agradecer, em especial, à PlayStation Portugal por ter permitido a possibilidade de poder jogar e analisar este fantástico título, do mesmo modo que congratular as próprias PlayStation e Santa Monica Studio Software por este título muito bem conseguido e que foi, para mim, um dos melhores que já produziram até aos dias de hoje.

Obviamente, não poderia deixar de pontuar este jogo desta forma, assim como recomendá-lo a todos, principalmente aos fãs do nosso adorado e icónico Kratos, que não se arrependerão de o jogar, sobretudo por este título ser uma aventura simplesmente de cortar a respiração.

REVER GERAL
Veredito — uma aventura de cortar a respiração
9.9
analise-de-god-of-war-ragnarok-ps5-uma-aventura-de-cortar-a-respiracaoO novo God of War Ragnarök é uma fantástica aventura onde o único problema da mesma é, como tudo o que é bom, chegar ao fim, deixando-nos desejosos para o futuro desta adorada e aclamada franquia que é God of War. Eu fiquei simplesmente sem palavras para o que este jogo se revelou ser, estando a adorar todo o tempo dentro do mesmo, a destruir tudo e todos por onde passo e a criar boas memórias de pai e filho, mesmo que a maioria delas sejam a chacinar todo o tipo de mauzões.

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