Três anos após o lançamento de Destiny 2: Beyond Light e de oito temporadas que deram uma grande expansão ao universo de Destiny chega agora Destiny 2: Lightfall, o mais recente capítulo do título, que tem como objetivo iniciar o final da saga Light/Darkness que nos acompanha desde o início de Destiny, em 2014.
A nova DLC do Destiny 2 foi desenvolvida mais uma vez pela Bungie e, pela segunda vez, foi o próprio estúdio a publicar a DLC, apesar de este ter recentemente sido adquirido pela PlayStation por 4 mil milhões de dólares. Agora, a Bungie introduz finalmente um inimigo muito aguardado por todos para ser derrotado, The Witness, e prepara os fãs do título para o fim de uma lendária saga que há muito nos acompanha.
Nesta análise irá ser avaliada a versão de PC da DLC, onde iremos classificar entre 0 e 10 valores vários aspetos importantes a considerar da mesma, sendo estes a narrativa, a jogabilidade, a ambientação e a qualidade gráfica e desempenho, dando no final o veredito, que tem por base os aspetos já referidos.
Narrativa — não responde às nossas perguntas
Para a narrativa da nova expansão Destiny 2: Lightfall, a Bungie deu-nos a honra e a oportunidade de combater a The Witness, o vilão responsável pelo The Collapse, e o Emperor Calus, presente desde o inicio de Destiny 2, que unem forças para deitar abaixo o Traveller e tudo o que este defende.
Esta nova narrativa leva-nos a Neptuno, mais propriamente a Neomuna, uma cidade que sobreviveu ao primeiro colapso mas que agora enfrenta a ameaça de Calus e as suas forças que procura o The Veil, algo que pode arruinar os planos da The Witness, cabendo aos nossos guardiões impedir o mesmo de obter a Veil.
Esta segue a fórmula das anteriores, em relação ao número de missões, e desenrola-se de maneira similar às restantes, tendo como grande aspeto positivo dar mais tempo de ecrã e voz ao nosso próprio guardião. Apesar disto, o final desta narrativa acaba por degradar a própria, na medida em que o mesmo não é explicado aos jogadores, deixando todos muito confusos.
Da mesma forma, esta narrativa explora finalmente as verdadeiras intenções da The Witness mas, a narrativa de Lightfall acaba por deixar inúmeras perguntas a pairar no ar, não explicando o que é a Veil, assim como o próprio final, o que nos deixa ansiosos para 2024 mas, mesmo assim, desaponta todos pois ninguém percebeu a própria e a sua Lore, o que arruína a mesma.
Também o facto de continuar-mos a enfrentar os mesmos inimigos, os Cabal, torna a narrativa e o que a acompanha desinteressante, pois estes Cabals são reciclados, sendo os mesmos Cabals que estão no Destiny desde 2014, o que acaba por tornar esta nova narrativa um pouco secante.
Assim, atribuo desta forma 5/10 valores à narrativa de Destiny 2: Lightfall, por todas as razões e motivos acima referidos, sendo esta narrativa uma muito cativante, emocionante, mas que não responde a inúmeras perguntas acerca do universo do Destiny, nem explica o seu próprio fim, o que desmotiva todos a jogar Destiny 2: Lightfall.
Jogabilidade — strand é a melhor adição de sempre
Vamos agora falar da jogabilidade do Destiny 2: Lightfall. Em relação a esta não haverá muito para dizer pois, numa descrição geral, esta pouco ou nada mudou mas, mesmo assim, vamos analisa-la e ver de que maneira esta torna o Destiny 2 e a sua nova expansão Destiny 2: Lightfall melhores.
De um modo, todas as mecânicas e animações como andar, correr, saltar, usar o Ghost, usar armas e ainda usar os poderes especiais da luz mantêm-se iguais. Pessoalmente, não notei quaisquer diferenças na jogabilidade geral do Destiny 2 com a chegada do Destiny 2: Lightfall mas, acredito que a jogabilidade de algumas e ainda toda a jogabilidade geral tenha sido um pouco melhorada e trabalhada, de maneira a ser mais suave e realista mas, isso é algo que muito dificilmente se irá notar.
A grande novidade do Destiny 2: Lightfall é a Strand, a nova subclasse não originária do Traveller que vem para nos ajudar a derrotar esta nova ameaça. Com esta chegam um novo melee, um novo super, algumas novas granadas e, como é óbvio, novos bufs e debufs para nos ajudar nesta noa etapa.
Contudo, a melhor parte da Strand é a grande mobilidade que esta traz ao Destiny 2, pois substitui a nossa granada com um “grapling hook” que nos permite quase que voar pelos espaços, muito idêntico ao Spider-Man, assim como nos puxar contra os inimigos e dar-lhes uma grande melee atack, tornando assim a jogabilidade de Destiny 2 mais inovadora e quase que nova.
Foram ainda adicionadas novas armaduras e armas ao título com a chegada de Destiny 2: Lightfall e, como é óbvio, a Bungie teve de introduzir novas mecânicas para estas novas armas e armaduras e, de facto, todas estas estão incríveis e ao estilo do Destiny 2.
Para terminar, gostaria então de atribuir à jogabilidade de Destiny 2: Lightfall 8/10 valores porque, apesar da adição de novas mecânicas e a novas armas e armaduras, de um modo geral, não há uma grande evolução na jogabilidade do Destiny 2.
Ambientação — Neomuna é impressionante mas está abandonada
Outro aspeto bastante importante em qualquer jogo é a ambientação pois esta é sempre um forte ponto e Destiny 2: Lightfall não foge à regra. Como já referi anteriormente, esta novo expansão passa-se em Neomuna, uma cidade em Neptune que sobreviveu ao Colapso, uma das maiores localizações de Destiny 2 até agora.
Esta localização é de enormes dimensões, uma das maiores já introduzidas no título, tendo paisagens de cortar a respiração, lembrando a cidade de Nova York, com os seus altos edifícios e as luzes que nunca se apagam à noite. Para além disso, temos ainda a enorme nave do Calus que, tal como a cidade, é também enorme e dá outro requinte às maravilhosas paisagens de Neomuna.
Apesar de esta ser uma localização de cortar a respiração em termos de vistas, no que toca à sua vida, Neomuna é uma cidade abandonada. Esta apresenta enormes edifícios inexploráveis e, para uma grande cidade, as suas ruas estão bastante vazias, não tendo qualquer vida para além de alguns Cabal e Vex, o que torna viajar nesta algo muito aborrecido.
Ao mesmo tempo, esta também não apresenta grandes atividades após a conclusão da campanha para além das mesmas patrols de sempre, o que acaba por tonar esta localização ainda mais aborrecida de visitar, o que degrada toda esta nova DLC que, ao início, parecia ter grande potencial.
Com esta nova DLC temos também uma nova RAID, a The Root Of Nightmares, que, apesar de não ser das melhores raids existentes no título, tem cenários e vistas de cortar a respiração, assim como inúmeros segredos e muita vida, o que melhora a ambientação do título da Bungie.
Novidades que chegaram e inovaram este título e as suas novas localizações foram as alterações climáticas, como o surgimento de grandes tempestades de areia em Mars, algo que tornava e torna toda a ambientação do local e do próprio Destiny 2 simplesmente fantástica e muito bem trabalhada, assim como mais realista, estão ausentes de Neomuna, o que também ajuda para a abandonada e secante que esta já é.
Outro aspeto da ambientação muito bem feito pela Bungie, como de costume, é o comportamento de elementos naturais como o fogo, a chuva, e a água, que fazem parecer o novo Destiny 2: Lightfall muito, mas mesmo muito, realista neste aspeto. Todo o conjunto de mecânicas que fazem com que estes elementos sejam como são é de facto bastante impressionante, o que irá fazer muitos ficar algum tempo a apreciar as bonitas paisagens do título.
Para concluir, tenho apenas a dizer que a Bungie tanto me impressionou como me desiludiu nesta categoria, pois concebeu, como de costume, cenários de grande beleza e arquitetura mas, ao mesmo tempo, não os pensou para não estarem ao abandono após o fim da narrativa, o que degrada esta categoria, recebendo apenas 6/10 valores.
Gráficos e desempenho — houve melhorias!
Antes de passarmos para o veredito, falta ainda falar acerca da qualidade gráfica de Destiny 2: Lightfall. Desde 2019 que deixei de jogar Destiny 2 na PlayStation 4 e passei a jogá-lo no PC e, até agora, não vi ou notei quaisquer problemas no que toca aos gráficos deste incrível título e, com esta expansão, isso não foi diferente.
Em relação a esta nova expansão, tenho a dizer que, para o meu PC, a qualidade gráfica foi exatamente aquilo que já estava à espera. Falando assim, até parece que estou a criticar a mesma mas, apesar disto, tenho a dizer que esta está fantástica e é uma das melhores que já vi num jogo de PC.
Juntamente com a magnífica e impressionante qualidade de ambientação a que já estamos habituados, a qualidade gráfica fica ainda mais extraordinária. Todos os cenários e elementos do mesmo não apresentam quaisquer faltas de renderização durante a minha gameplay, tenha esta tido muitos ou poucos elementos no meu campo de visão, o que também revela que Destiny 2: Lightfall está muito bem otimizado para a plataforma.
Relativamente à qualidade gráfica nas cutscenes, posso dizer que esta manteve-se exatamente igual à já referida nos parágrafos acima. Não vi quaisquer elementos por renderizar como já estava à espera e, isso é algo bastante positivo para a DLC.
Em termos da performance durante a minha gameplay, consegui notar que a Bungie otimizou mais o jogo, o que fez com que eu conseguisse mais fps, o que tornou toda a minha experiência muito melhor e me permitiu tirar mais partido do meu monitor de 240Hz.
Para concluir, gostaria apenas de acrescentar que, apesar de não ter notado quaisquer problemas de performance durante a minha gameplay, muito também graças ao meu PC, a Bungie pode ainda otimizar mais o título em todas as plataformas, apesar de o estar a fazer ao longo do tempo, pelo que atribuo um 8/10 valores a esta categoria.
Veredito — todos os finais têm um início
Desde miúdo que sou um grande fã de Destiny, provavelmente por ter jogado Destiny 1 e o Destiny 2 na PlayStation 3, na PlayStation 4 e também no computador, e, posso dizer-vos que depois de tantos anos, esta maravilhosa franquia não me desiludiu nem dececionou nem um bocadinho, pelo menos, até agora!
Esta nova expansão fez-me descobrir mais acerca da saga Light/Darkness mas, ao mesmo tempo, mantém-me no escuro, não me explicando nada do que se passou e, também a sua nova localização não é das melhores até agora mas, esta fez me mais uma vez passar bons momentos com amigos de longa data, amigos esses que conheci no próprio Destiny.
Antes de dar a minha pontuação final, gostaria de agradecer às Bungie e PlayStation Portugal pela oportunidade de poder jogar esta nova DLC que, apesar de ser um pouco dececionante, trouxe nova vida ao Destiny 2 e deu me mais vontade para o continuar a jogar.
Para terminar, decidi então atribuir 7/10 valores a esta expansão que, apesar de ser um pouco fraca em comparação com as anteriores, também tem alguns aspetos e adições positivas ao título, recomendando a aos fãs e jogadores de Destiny 2 que ainda não a adquiriram.