Depois de ter apanhado excertos de texto gerados pela poderosa ferramenta ChatGPT da OpenAI que se assemelhavam muito a segredos do seu negócio, a Amazon está a tentar impedir que os seus funcionários deixem escapar para o algoritmo informações confidenciais da empresa.
De acordo com o site Futurism, um advogado da Amazon alertou os funcionários que “já tinha havido exemplos” de textos gerados pelo ChatGPT que “se assemelhavam” a dados internos da empresa. O advogado ainda solicitou aos funcionários que não divulguem qualquer tipo de informação confidencial.
Este problema parece estar a colocar-se porque vários trabalhadores do setor da tecnologia começaram a usar o ChatGPT como uma espécie de “assistente de codificação” para os ajudar a escrever ou melhorar sequências de código, lê-se na notícia.
Embora este não seja necessariamente um problema do ponto de vista de dados proprietários, a história ganha outros contornos quando os funcionários começam a usar a IA para melhorar o código interno existente.
“Isto é extremamente importante porque as suas pesquisas podem ser usadas como dados de treino para uma nova interação do ChatGPT”, escreveu o advogado nas justificações que apresentou aos funcionários, “e não queremos que os resultados incluam ou se pareçam com as nossas informações confidenciais”.
O advogado também revelou que a Amazon está a desenvolver “tecnologia semelhante” ao ChatGPT – uma revelação que pareceu despertar o interesse dos funcionários que disseram que o uso da IA para auxiliar na escrita de códigos resultou num aumento de produtividade dez vezes maior.
“Se houver uma iniciativa atual para construir um serviço semelhante”, disse um funcionário, “eu estaria interessado em dedicar o meu tempo para ajudar a construí-lo, se necessário”.
Enquanto outras indústrias se debatem e se agitam com o conceito de serem substituídas pela IA, os trabalhadores de tecnologia parecem mais inclinados a recebê-la como uma ferramenta de codificação útil.
