No seguimento da invasão da Ucrânia pela Rússia, a Agência Espacial Europeia ( ESA) suspendeu a missão ExoMars, pelo que não vai enviar o robot Rosalind Franklin. A ESA anunciou que não existem “condições para manter a cooperação com a Roscosmos”.
A decisão foi da responsabilidade do Conselho da ESA, que teve um consenso absoluto. Há uns meses, a ESA anunciou que 2022 deveria ser o ano em que o seu robô seria lançado para marte, depois de diversos atrasos, contudo o conflito na Europa veio adiar esta pretensão.
O Conselho da ESA “reconheceu a atual impossibilidade de continuar a cooperação com a Roscosmos” na missão ExoMars e mandatou o diretor-geral, Josef Aschbacher, para “tomar as medidas apropriadas para suspender as atividades” com a agência espacial russa.
Por agora, a ESA compromete-se a “definir melhor as opções disponíveis”, com o intuito de levar a cabo o projeto ExoMars. A ESA suspendeu os foguetões russos Soyuz, depois da Roscosmos ter tirado os seus funcionários da base espacial europeia, em Kourou, na Guiana Francesa. Entretanto a ESA também está a rever o plano de voos do novo foguetão europeu Ariane 6, cujo lançamento está agendado para este ano.
Ainda assim, a Agência Espacial Europeia diz que vai manter as suas missões na Estação Especial Internacional. Aquando do início do conflito, a Roscosmo referiu em comunicado que deixaria de operar com a Alemanha, na estação, e que não ia prosseguir com as experiências científicas.
“O principal objetivo é continuar as operações seguras da Estação Espacial Internacional, incluindo a manutenção da segurança da tripulação”, justifica a ESA no comunicado, acrescentando que “está totalmente alinhada com as sanções impostas à Rússia pelos seus Estados-membros”, apesar de reconhecer o seu impacto na “exploração científica do espaço”.
A ESA anunciou que “está totalmente alinhada com as sanções impostas à Rússia pelos seus Estados-membros”, apesar de reconhecer o seu impacto na “exploração científica do espaço”.
