A Adobe está a tentar obter a aprovação da União Europeia para a sua proposta de aquisição da plataforma Figma, baseada na nuvem, no valor de 20 mil milhões de dólares.
Embora a transacção não exceda o limite da UE para uma revisão, a empresa multinacional de software está a tomar medidas pró-ativas para assegurar o seu cumprimento sob os regulamentos da UE. Esta mudança surge quando a Adobe continua a expandir a sua presença no lucrativo mercado de serviços nas nuvens, que tem registado um tremendo crescimento nos últimos anos.
A Comissão Europeia moveu-se recentemente para rever a aquisição de um rival inovador mais pequeno pela Big Tech, citando preocupações sobre o seu potencial impacto na concorrência. Especificamente, o regulador antitrust da UE abriu uma investigação aprofundada a pedido de 15 países, incluindo Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, República Checa, Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, Islândia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Holanda, Noruega e Suécia.
Esta preocupação sobre as práticas comerciais da Big Tech exemplifica o crescente cepticismo de que tais grandes empresas podem estar a infringir as fronteiras competitivas.
Adobe, o criador do popular software Photoshop, tinha inicialmente pedido aos reguladores antitrust na Áustria e na Alemanha para aprovarem o seu acordo. As autoridades austríacas decidiram remeter o caso para a Comissão Europeia, o que levou a que outros estados membros da União Europeia também se envolvessem. Isto levantou preocupações sobre possíveis violações das leis de concorrência da UE e, portanto, exigiu uma avaliação minuciosa por parte das agências anti monopólio.
“A transação ameaça afetar significativamente a concorrência no mercado de design de produtos interativos e software de quadro branco, que provavelmente abrange pelo menos todo o EEE (Espaço Econômico Europeu) e, portanto, nos países em referência”, disse a Comissão. A Comissão pedirá agora à Adobe para notificar a transação. A Adobe não pode implementar a transação antes de notificar e obter autorização da Comissão”, afirmou.
O acordo irá dar à Adobe a propriedade de uma empresa cuja plataforma colaborativa baseada na web para projetos e brainstorming é amplamente popular entre empresas de tecnologia, incluindo Zoom Video Communications, Airbnb Inc e Coinbase.