A Administração Pública investiu mais de 8,9 milhões de euros em cibersegurança no decorrer de 2022. As contas são da plataforma online de análise e consultoria TendersTool, e divulgadas em nota enviada à imprensa.
A plataforma também analisou o destino dos investimentos públicos em segurança cibernética, serviços de cibersegurança e cibersegurança no mercado nacional e concluiu que no ano passado foram feitas 109 adjudicações.
A cibersegurança tem vindo a tornar-se numa preocupação crescente ao nível mundial devido ao aumento da dependência das tecnologias da informação e à evolução dos ataques cibernéticos.
Especializado em aconselhar empresas tecnológicas na sua relação com organismos e organizações da AP e informá-las sobre os concursos públicos, adjudicações e prazos, o portal dá conta que, em termos de distribuição geográfica, o distrito de Lisboa realizou cerca de 33% do total de investimentos, com 3,08 milhões de euros e 41 adjudicações. Seguiu-se o distrito do Porto, com 1,83 milhões de euros e 20 adjudicações.
A MEO, da Altice Portugal, é uma das principais adjudicatárias destes investimentos públicos, com projetos avaliados num total de 1, 85 milhões de euros, seguida da Reload – Consultora Informática, com 1,13 milhões e da Rcsoft – Sistemas de Informação Unipessoal, com 659 mil euros.
A Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores foi a entidade mais ativa, apresentando um investimento total em cibersegurança de 1,66 milhões de euros. A Autoridade Tributária Aduaneira e o Instituto de Informática, respetivamente, com 662 mil euros e 423 mil euros, foram as segunda e terceira entidades públicas mais ativas nesta matéria.
Em 2022, houve vários ataques informáticos a empresas e a serviços da administração pública, como a Segurança Social, pelo que o Governo, na voz do ministro Mário Campolargo, está “atento”. Esse ciberataque à segurança social comunicado à CNPD por ter comprometido dados de funcionários em 14 mil contas.
O Secretário de Estado da Digitalização e da Modernização Administrativa quer fazer uma aposta em “formação avançada para 10 mil pessoas”, para evitar novos ataques.