A Samsung e o Google estão conversando sobre os serviços de busca deste último terem um papel maior nos dispositivos da Samsung.
Embora os serviços Android e Google sejam uma parte fundamental do apelo do portfólio da Samsung, a empresa tem receio de que seus dispositivos se tornem sinônimos do Android. A Samsung acredita que seu enorme ecossistema de dispositivos e os dados gerados não devem ser para o Google lucrar sozinho.
A medida pode significar que futuros dispositivos Samsung, como o Galaxy Note 20 e o Galaxy Tab S7, poderão retirar recursos como o assistente de voz Bixby, a fim de impulsionar as próprias ferramentas de busca do Google.
Samsung e Google
Um novo acordo com o Google forneceria uma fonte lucrativa de receita para a Samsung. Sabemos que o Google paga bilhões de dólares para ser o mecanismo de pesquisa padrão no iPhone. E a Samsung também quer ter um acordo semelhante.
As negociações envolvem dar ao Google mais controle sobre a pesquisa em aparelhos Samsung globalmente. Afinal, a Samsung é a maior fabricante de smartphones do mundo, vendendo perto de 300 milhões de telefones no ano passado.
O Android do Google já é o sistema operacional subjacente nos dispositivos Galaxy, mas um possível acordo promoveria o assistente digital do Google e a Play Store para aplicativos nesses dispositivos. O que resultaria em um possível “abandono” do Bixby por parte da Samsung, em prol de promover os recursos do Google.
Isso daria à gigante da Internet dos EUA acesso diário mais valioso aos usuários da Samsung e significaria que os serviços móveis da empresa coreana, como o assistente digital Bixby, seriam menos integrados em seus próprios dispositivos.
A medida seria uma capitulação para a Samsung, mas a queda na demanda por dispositivos móveis durante a pandemia do Covid-19 intensificou a necessidade de receita da empresa e enfraqueceu sua posição de negociação com um parceiro-chave.