A guerra dos tablets chegou ao consumidor, com efeito todos ganham, mas a Google é quem vai ganhar mais!

A 10 de Setembro, segundo a análise da empresa Gartner (consultora especializada na prospecção de novos avanços no mercado mundial das TI), os sistemas operacionais Symbian e Android vão dominar o mercado de smartphones nos próximos três anos. Acontece que o mercado dos smartphones, está a ser direccionado no mesmo sentido que o recém mercado criado pelos tablets, como indirectamente o leitor depreenderá pela presente análise de mercado.

Verifica-se pois, que os terminais com SO Android estão a despoletar uma imensa guerra no nosso mercado interno nomeadamente nas comunicações móveis, em que a pronta iniciativa da Optimus / sonae.com, levou clara vantagem (53% das vendas em smartphones com Android – Julho 2010).

Prevê -se que em três anos (2014), o mercado dos smartphones apresente a seguinte distribuição por SO:

  • Symbian terá perdido quota de 40,1% para 30,2%,
  • Android irá crescer até ao pico de 29,6%,
  • IOS da Apple irá manter-se ao nível 14,9%,
  • O SO da Blackberry (RIM) cairá de 17,5% para 11,7% dado que a sua grande vantagem técnica (email sempre sincronizado) deixou de existir para os concorrentes,
  • Windows Mobile prevê-se que fique apenas pelos 3.9%,
  • 10% do mercado dos smartphones será preenchido por outros SO (como o BADA da Samsung, ou o Maemo da Nokia).

Tablets – a revolução que chegou para este Natal!

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Acontece que Steve, e como todos os génios deste mundo, acertou em cheio com esta “reinvenção da roda”, e fez com que a Apple para exemplo em Julho, e a um preço muito acima do de custo de produção, vende-se em média por dia 38 mil IPads nos Estados Unidos da América.

As multinacionais HP, a Dell, a Samsung, a Blackberry foram só algumas das bigguest losers de tão extasiadas que ficaram, sem sequer perceber o que se estava a passar mas a ver as acções da bolsa da Apple subir a escalonar todas as previsões de lucros em época de crise mundial!

E a resposta/solução parece-me ter sido encontrada no local, onde à excepção da china que tem como principal search engine o www.baidu.com, onde o resto do mundo faz pesquisas on-line – o biggest GOOGLE.

Isto é, sabe-se que o Google não está, claramente disposição de entrar na guerra com o IPad ao nível de hardware, dado o exemplo recente, em que as coisas não correram conforme o expectável com o volume de vendas do seu smartphone Nexus One, mas o facto de facultar um sistema operativo quase livre de licenciamento e com um suporte (quase) máximo, dado toda a comunidade de programadores livres e não livres estar a envolver-se, faz com que este aspecto seja o factor X nesta inequação.

Está pois criado um núcleo de multinacionais que estão a apostar na criação de produtos (hardware) em volta no SO Android, e lembro-vos ainda, de mais uma interessada – a Adobe. É que tem estado em continuo vexame, uma luta quase pessoal, entre Steve Jobs e a Adobe por causa da compatibilidade do flash em terminais móveis, e os supostos gastos extra de processamento que reduzem drasticamente os tempos de uso da bateria. A adobe estará portanto a fazer mil e uma pressões sob os developers do Android para que o flash esteja 100% funcional, isto para não perder a sua quota parte do terreno da Worl Wide Web, e ainda por cima, é a parte de lucrativa… nomeadamente os banners de publicidade que existem em todos os sites.

Constatamos assim, que a GOOGLE mesmo sem ter ainda anunciado um tablet de que seja owner, tem as grandes empresas a trabalharem por ela.

E já que falamos em hardware, eis mais uma grande ajuda para a Google, é que os generic tables equipados com processadores Rockchip, Telechips e VIA. Uma verdadeira jungle maze, de onde provém uma invasão por via do mercado das importações chinesas e trazem de origem o Android, dado ser legal, mas a um preço 3 vezes inferior ao do da marca da maça. Ou seja, já não se trata de importar para Europa e EUA, hardware OEM com um SO criado por chineses incompatível com tudo o que existe por cá e que não torna impossível a usabilidade e compatibilidade, é literalmente importar um gadget com a qualidade respectiva face a um preço médio de 200 dólares americanos, que o torna super barato.

windows microsft tablet

Até há bem pouco tempo, e numa clara táctica de Wait and See, esteve a Microsoft, que provavelmente preferia que o pó assenta-se, que o mercado estabiliza-se, para fazer uma jogada de mestre e lançar algum SO “Old school” para tablets, que torna-se fácil a dispersão entre os utilizadores, tal como fez com o seu Windows XP, que embalou em milhões de netbooks. No entanto, este Steve da Microsoft, de nome Ballmer está em alerta! Pois sabe que se a comunidade de programadores pode migrar massivamente para o Linux via Android. Mas para já isso não acontecerá pelo simples facto de que as empresas procuram o lucro, e um sistema aberto torna as margens mais reduzidas, e este é mais um trunfo não escrito, mas existente na ética e gestão empresarial.

Neste momento, a luta dos tablets chegou às ruas e o canal de distribuição preferencial é muito revelador, isto é, os tablets não estão a entrar no mercado (só) pela via de retalhistas de informática, mas sim, pela via da cadeia de telecomunicações móveis: Optimus (grupo Orange), Vodafone e TMN.

Neste domínio, e ainda que os três operadores apresentem tarifários e micro sin disponíveis para este tipo equipamento, é a Vodafone que vai à frente com o Lançamento do Samsung Galaxy tab.

Eis pois que, mais uma vez a Apple abriu o mercado de forma inovadora, criando um nicho de mercado, que de repente é o mais apetecido e onde todos querem ganhar algo… mas no final de tudo, quem ganha é o consumidor com um produto capaz de responder à mobilidade permanente dos nossos dias, repleto de soluções intermédias na suite de produtividade, e com uma pitada de lazer à mistura.

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