O presidente da República não poupou críticas à oposição referindo que é necessário para o país existir “consenso político”, falando num ambiente de “crispação política” que a continuar, referiu Cavaco Silva de “nada valerá ganhar eleições”.
O presidente considera ainda que “é uma ilusão pensar que as medidas de execução de rigor orçamental irão desaparecer no fim do programa de ajustamento em meados de 2014”.
“Os agentes políticos e sociais têm de estar conscientes” que estas medidas têm de ser aplicadas “num horizonte temporal mais amplo do que aquele que resulta em calendários eleitorais”, evidenciou o presidente.
Portugal já atravessa uma grave crise financeira e o presidente considera totalmente desnecessário, sob pena dos portugueses terem de pagar a fatura de um segundo resgate, uma crise política. Cavaco reconhece que os portugueses estão fatigados da austeridade e admitiu algumas falhas no programa da troika.
Os partidos da oposição parecem não se ter identificado com os pressupostos do discurso do presidente, que foi aplaudido entusiasticamente pelo Governo de maioria. O PS não bateu palmas e o Os Verdes afirmaram mesmo que o presidente da República falou como se fosse um membro do Governo.
